O que é LER
Entenda como evitar a LER
A LER são lesões no sistema músculo esquelético, causada por atividades repetitivas, posições desconfortáveis por longos períodos, esforços intensos e vibrações. São conhecidos também como LTC (lesões por traumas cumulativos) ou DORT (distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho).
Apresenta-se inicialmente, com dor leve e gradativa em determinada região, alterações do humor, podendo evoluir para quadro de dor importante e com isso gerar incapacidade física para a prática do trabalho e para a prática de atividade física.
Prevalência: 85% de mulheres com idade entre 20 e 40 anos.
Classificação da LER:
I) dores mal definidas e subjetivas com melhora no repouso.
II) piora da dor que não desaparece ao repouso. Podem surgir distúrbios do sono e sensação de cansaço recorrente.
III) dor intensa gerando incapacidade para o trabalho.
Abaixo alguns profissionais que, normalmente, são mais acometidos:
- Digitador;
- Telemarketing;
- Bancário;
- Secretária;
- Auxiliar de escritório.
No esporte pode acometer várias atletas, porém o mais comum são os tenistas, que podem se apresentar com epicondilite (inflamação do tendões que fazem a extensão do punho na sua origem no cotovelo).
Lesões mais comuns no esporte:
- Tendinites de punho e ombro,
- Sinovite,
- Epicondilite,
- Bursites,
- Lombalgias.
Formas de prevenção:
Adequação da postura, descanso por pelo menos 10 minutos a cada 50 minutos de trabalho (para atividades com entrada de dados – digitação por exemplo), com isso gerando um “descanso” nos músculos e tendões que podem ser lesados, evitar atividade repetitivas por longos períodos, melhorar as condições ergonômicas do trabalho, através de ação conjunta entre empregado e empregador para prevenção dessas lesões, como por exemplo a prática da Ginástica Laboral.
Tratamento para pacientes com LER:
Como existem várias causas para LER, logicamente que existirão várias estratégias diferentes para o tratamento, mas vamos citar algumas atitudes que servirão basicamente para todas.
Afastamento temporário das atividades, utilização de talas ou órteses ergonômicas para imobilização, uso de anti-inflamatório e analgésicos, gelo local, realização do movimento que causa sintomas de forma mais lenta procurando sempre alongar antes, fisioterapia e terapia ocupacional com objetivo de treinamento de mudanças na atitude do gesto, que pode favorecer ao desenvolvimento das lesões, além de trabalhar no alongamento e fortalecimento dos músculos e tendões acometidos.
A realização de cirurgia é uma atitude de exceção. É obrigação da empresa ou do clube que o atleta trabalha providenciar equipamentos ou tempo livre pra tentar achar medidas que evitem essas doenças ocupacionais. Em casos refratários e graves pode ser indicado o afastamento por tempo indeterminado do profissional das suas atividades.
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