Tapioca: Qual sua composição? Quais seus benefícios? Porque usar? Engorda?
Qual a composição da tapioca?
A farinha de tapioca é um produto característico das regiões Norte e Nordeste do Brasil, que é produzido a partir da fécula extraída das raízes da mandioca (CHISTÉ et al., 2012).
A fécula é a forma mais ampla de aproveitamento industrial da mandioca e é empregada como matéria-prima no processamento de diversos alimentos (NWOKOCHA et al., 2009; CARVALHO et al., 2010).
Tem como principal macronutriente o carboidrato. Em 100 gramas de tapioca (farinha), tem aproximadamente 3,2g de proteína, 54g de carboidrato e muito baixo teor de lipídeos, com poucas variações dependendo da marca. Nesta mesma porção, cerca de 250 Kcal são fornecidos como fonte de energia. Associado a esses dois nutrientes, possui ainda vitaminas do complexo B (B1,B6 e Acido Folico) ferro e cálcio.
Porque usar tapioca nas refeições? Quais seus benefícios?
Por ser um alimento praticamente neutro com relação ao seu sabor, permite utilizar vários tipos de recheios (doces e salgados).
Ela pode substituir outros carboidratos (pães, massas, batatas e outros). Para aqueles que estão de dieta hipocalórica é uma boa opção pela sua baixa concentração calórica e de Sódio.
Consegue repor rapidamente os estoques de glicogênio (carboidrato) muscular e hepático no pós-treino, podendo ser usada como uma opção para ressíntese de carboidrato, por possuir alto índice glicêmico.
Além disso, ela é de fácil manuseio e pode ser consumida por indivíduos com doença celíaca, pois não contêm glúten.
Tapioca engorda?
Como qualquer carboidrato, se for consumida em excesso vai engordar. Porém o fator determinante na sua composição calórica é o conteúdo do recheio que pode ser de baixo ou de alto teor calórico.
Sendo assim, atente-se aos recheios da tapioca escolhendo alimentos como legumes, verduras, frutas, carnes magras, ovos, queijos brancos, proteína do soro do leite e castanhas.
Um grande diferencial na receita é acrescentar fibras, pois esta vai diminuir o índice glicêmico da tapioca. A chia é um bom exemplo de alimento rico em fibras e vitaminas do complexo B.
Receitas:
Siga no Instagram @nutricionistamarcelolangsdorff
Tapioca Salgada
- Tapioca (sabor pizza) recheada com carne moída de patinho com molho de pimentas, ervas e mostardas + alface, feita especialmente para o @30tododia
Ingredientes:
Goma de tapioca sabor pizza – 3 colheres sopa Carne moída de patinho -200g Alho – 3 dentes Cebola roxa- 1/2 pequena Cebola – 1/2 pequena Mix de pimentas – a gosto Alface -3 folhas Mostarda sem açúcar amarela – 1co.sopa Mostarda sem açúcar escura – 1co.sopa Mr.dash ( tempero à gosto)
Preparo: Refogue o alho mais as duas cebolas com pouco azeite, em seguida acrescente a carne moída já descongelada, cozinhe até secar e de o ponto que te agrade mais (acrescente os temperos) reserve a carne e passe para a massa a tapioca.
Tapioca: Muitas pessoas não fazem por achar difícil, mas não é. Em uma frigideira média previamente quente acrescente a goma de tapioca (não precisa untar a frigideira) Coloque a tapioca em um prato, em seguida coloque as folhas de alface e acrescente a carne moída e dobre ao meio. Está pronto, é só degustar.
Tapioca doce
- Uma tapioca doce de barra de proteínas (derretidas com pasta de amendoim, cacau 100%)
Ingredientes: Duas barras de proteína (guest bar – usei de chocolate e a de banana) Pasta de amendoin – 2 colheres de sopa Cacau 100% – 2colheres de sopa Tapioca – 3colheres de sopa
Preparo:
Para o recheio: Leve as barras proteicas por 40 segundos no micro-ondas, acrescente a pasta de amendoim + cacau 100%
Tapioca (massa)- colocar 3 colheres de sopa em uma frigideira .
Somente isso, deguste.
Texto:
Nutricionista Marcelo Langsdorff e o Dr. em Medicina do Esporte Dr. Walter Kantovitz.
Siga no Instagram @nutricionistamarcelolagsdorff e @walterkantovitz
Bibliografia:
1) TACO. Tabela brasileira de composição de alimentos. 2.ed. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2006. 113p.
2) CARVALHO, A.V. et al. Caracterização tecnológica de extrusado de terceira geração à base de farinhas de mandioca e pupunha.Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v.34, n.4, p.995-1003, 2010
3) CHISTÉ, R.C. et al. Qualidade da farinha de mandioca do grupo seca. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v.26, n.4, p.861-864, 2006.
